segunda-feira, 29 de julho de 2019

O simples prazer de ser estúpido

Fernando Santa Cruz (pai)

Imagine a seguinte história:

Um certo dia o seu pai sai de casa, mas não retorna. Você fica sabendo que ele foi assassinado. Não sabe ao certo quem matou? Porque matou? Onde deixou o corpo? Enfim, dezenas de interrogações vão lhe acompanhar pelo resto da vida. Ia esquecendo, você ainda é uma criança.

Vivência o sofrimento da mãe. O sofrimento da família. Cresce neste lugar marcado por interrogações. Nunca soube do paradeiro e nem mesmo do corpo de seu pai. Apenas assombrações do passado.

O tempo que nada perdoa, passa. Você torna-se um homem, segue a vida lutando para orgulhar o nome do pai, que é o seu mesmo nome. A sua grande herança.

Certo dia, sem ao menos esperar, você liga a televisão, começa a assistir o jornal e escuta a seguinte frase:

"Se presidente da OAB quiser saber como pai dele desapareceu na ditadura, eu conto".

A frase foi dita pelo presidente Bolsonaro.

Imagine a dor, a raiva, o rancor, a vergonha, todos sentimentos possíveis que voltaram a tona após a declaração estupida do Bolsonaro. 

Neste momento em que escrevo, não gostaria de está na pele do Presidente da OAB. 

É lamentável as atitudes de Jair Bolsonaro. 



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