(Luciano Roberto)
Adeus 2016, seja bem-vindo 2017!
É interessante o poder
do calendário, em especial, o nosso gregoriano. Possui 12 meses, e neste ano, foram 366 dias. O tempo passou rápido, 2016 chegou ao fim, surge o Ano Novo, e com
ele renovam-se sonhos e esperanças.
Finalmente 2016
terminou! Terminou e deixou um gosto amargo na nossa frágil democracia.
Terminou e nos mostrou que tudo é possível, até mesmo usurpar o cargo mais importante do Brasil, como
foi tirado da Presidente Dilma Rousseff. Quase 54 milhões de brasileiros que
deram mais um voto de confiança para Dilma, assistiram bestializados [outra vez!], pela
televisão como se realiza um golpe de Estado, branco, limpo, sem sangue, apenas
muita covardia e corrupção.
É impossível esquecer as palavras dos ilustres Deputados Federais no momento em que votaram pelo impeachment: “Por
amor a minha esposa, aos meus filhos, aos meus cachorros, aos torturadores da
Ditadura civil-militar... eu voto SIM”!
Foi o “sim” da hipocrisia que traiu nossa
democracia. Eduardo Cunha presidiu e assistiu tudo de um ângulo privilegiado.
Pior, o golpe trouxe um presidente “pinguela” – ponte rústica com paus ou improvisada
com troncos – apelido que o TEMERoso recebeu do ex-presidente tucano Fernando
Henrique Cardoso.
A suposta proposta, “Ponte
para o Futuro”, tornou-se uma delicada pinguela que o povo brasileiro terá que atravessar
nos próximos 20 anos. A tendência é a pinguela quebrar, já que temos hoje o
número triste de 12 milhões de brasileiros desempregados.
Nos últimos meses do
governo TEMERoso, não vi uma única decisão, uma única fala, um único gesto que
pudesse comentar: “Poxa, bacana a decisão do presidente!” Nada... Nadinha mesmo! Não torço para que governo TEMERoso seja medíocre, muito pelo contrário, torço
para ele reencontrar o caminho político/econômico para o Brasil voltar a
crescer. Mas o TEMERoso é apolítico, pelo menos no sentido de realizar soluções
produtivas para o povo brasileiro. Quais soluções? Emprego, carteira de
trabalho assinada e dignidade!
Como golpista, TEMERoso
foi excelente! Tenho a sensação que é mais fácil provocar um golpe num
Estado democrático do que governar para o povo. Não governar para o
neoliberalismo, para os empresários, os bancários e o FMI, mas para o povo
brasileiro. O povo é o fim, nunca deveria ser o meio!
O ano 2016 é um ano histórico.
É o ano onde a primeira mulher reeleita democraticamente para ser presidente do
Brasil sofreu injustamente um golpe! É o ano em que as classes dominantes
voltaram a amordaçar os sonhos do povo. É o ano em que a extrema direita chegou ao poder, e não foi em qualquer país, mas na maior potência mundial com o “homem cor de laranja”, Donald Trump.
A insanidade solta. Iraque e Síria vivendo uma guerra sem fim. A loucura na cidade de Aleppo mostrando a crueldade
humana. O ano 2016 é histórico, tem sabor de golpe, tem sangue, tem guerra e não
tem final feliz. Ainda bem que terminou.
Restou-nos renovarmos a
esperança em 2017!
É preciso...
O calendário ocidental é peculiar e segue uma lógica judaico-cristã.
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