(Luciano Roberto)
Arthur Neto e Marcelo Ramos: e a luta dos memes na web
Após mais de quinhentos anos da morte do filosofo italiano Nicolau Maquiavel (1469 -1527), suas ideias sobre poder continuam vivas. Talvez não para as massas, mas para os políticos que as lideram, a obra de Maquiavel "O Príncipe", nunca esteve tão presente em nossa política, como agora, na véspera do 2º turno, eleições 2016.
Arthur Neto (PSDB) e Marcelo Ramos (PR), disputam ardiamente a prefeitura de Manaus. Voto a voto, utilizando meios ultrapassados, como acusações e propagandas enganosas para adquirir-los. Nos parece que tornou-se cultural a política da sujeira em nosso Estado. E este tipo de política deve ser banida do Amazonas e de todo o país!
A política da sujeira leva a corrupção, é a mesma política do "rouba, mais faz", que não é mais aceitável e tão pouco suportável no Brasil, em pleno século 21.
Em 1989, depois de mais de duas décadas de Ditadura civil-militar (1964 - 1985), tivemos pela primeira vez eleições diretas para a escolha do Presidente do Brasil. Foram aproximadamente 15 candidatos, alguns preparados, outro meros aventureiros, como o caso do apresentador e proprietário do SBT, Silvio Santos.
Apenas dois candidatos foram para o 2º turno. O primeiro foi o jovem e simpático jornalista Fernando Collor de Melo (PRN). O segundo era o feio e "analfabeto" Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma disputa entre "o belo e a fera".
Os donos dos meios de comunicação e as elites brasileiras ficaram apavoradas em ter um homem que saiu do seio do povo, metalúrgico, líder sindical, tendo a chance de ocupar o posto mais importante do país.
Roberto Marinho, proprietário da TV Globo, amigo dos militares no tempo da ditadura, teve participação ativa na manipulação do resultado no histórico debate entre Collor e Lula transmitido pela sua emissora em 1989.
Seu funcionário de confiança, o poderoso Boni, confessaria na sua obra "O livro do Boni". Diz o braço direito do Dr. Roberto Marinho: "Outro momento difícil foi a edição do debate para presidente, em 1989. A audiência havia sido total e uma enquete, feita imediatamente após o debate, indicou a vitória expressiva do Collor. [...]. Não havia necessidade de edição para reforçar a posição do Collor"¹. Manipulação da opinião pública!
Nesta eleição, as redes sociais estão fazendo aquilo que a TV Globo fez há 27 anos atrás, manipulando descaradamente a opinião pública. Com uma diferença, a manipulação ficou muito mais democrática.
Os memes - imagens manipuladas na web - invadiram o WhatsApp e o Facebook. O jargão "Tem dinheiro, dá pra fazer!", propaganda do candidato Marcelo Ramos, virou uma febre da ironia.
Amanhã tudo isto chegará ao fim. Um dos dois candidatos sairá vencedor. Que vença o melhor!
E mais uma vez Maquiavel se fará presente: "O fim justifica os meios".
¹OLIVEIRA SOBRINHO, J. B. O livro do Boni. Rio de Janeiro: Casa de Palavra, 2011. (pág. 447; 448).
Arthur Neto (PSDB) e Marcelo Ramos (PR), disputam ardiamente a prefeitura de Manaus. Voto a voto, utilizando meios ultrapassados, como acusações e propagandas enganosas para adquirir-los. Nos parece que tornou-se cultural a política da sujeira em nosso Estado. E este tipo de política deve ser banida do Amazonas e de todo o país!
A política da sujeira leva a corrupção, é a mesma política do "rouba, mais faz", que não é mais aceitável e tão pouco suportável no Brasil, em pleno século 21.
Em 1989, depois de mais de duas décadas de Ditadura civil-militar (1964 - 1985), tivemos pela primeira vez eleições diretas para a escolha do Presidente do Brasil. Foram aproximadamente 15 candidatos, alguns preparados, outro meros aventureiros, como o caso do apresentador e proprietário do SBT, Silvio Santos.
Apenas dois candidatos foram para o 2º turno. O primeiro foi o jovem e simpático jornalista Fernando Collor de Melo (PRN). O segundo era o feio e "analfabeto" Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma disputa entre "o belo e a fera".
Os donos dos meios de comunicação e as elites brasileiras ficaram apavoradas em ter um homem que saiu do seio do povo, metalúrgico, líder sindical, tendo a chance de ocupar o posto mais importante do país.
Roberto Marinho, proprietário da TV Globo, amigo dos militares no tempo da ditadura, teve participação ativa na manipulação do resultado no histórico debate entre Collor e Lula transmitido pela sua emissora em 1989.
Seu funcionário de confiança, o poderoso Boni, confessaria na sua obra "O livro do Boni". Diz o braço direito do Dr. Roberto Marinho: "Outro momento difícil foi a edição do debate para presidente, em 1989. A audiência havia sido total e uma enquete, feita imediatamente após o debate, indicou a vitória expressiva do Collor. [...]. Não havia necessidade de edição para reforçar a posição do Collor"¹. Manipulação da opinião pública!
O jargão: "Tem dinheiro, dá pra fazer!", virou febre nas redes sociais
Os memes - imagens manipuladas na web - invadiram o WhatsApp e o Facebook. O jargão "Tem dinheiro, dá pra fazer!", propaganda do candidato Marcelo Ramos, virou uma febre da ironia.
Amanhã tudo isto chegará ao fim. Um dos dois candidatos sairá vencedor. Que vença o melhor!
E mais uma vez Maquiavel se fará presente: "O fim justifica os meios".
¹OLIVEIRA SOBRINHO, J. B. O livro do Boni. Rio de Janeiro: Casa de Palavra, 2011. (pág. 447; 448).
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